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1.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 34(1): 1-9, jan.-mar. 2015. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-764916

RESUMO

A Hipertensão Portal (HP) na Esquistossomose Mansônica (EM) tem, como repercussão, varizes esofagogástricas, gastropatia, colopatia, sendo pouco estudadas as repercussões duodenais já evidenciadas em cirróticos. As lesões duodenais observadas na esquistossomose podem ser secundárias à HP (Duodenopatia da Hipertensão Portal - DHP) ou à agressão parasitária, duodenite, sendo importante saber a causa das lesões duodenais em pacientes esquistossomóticos a fim de realizar uma abordagem terapêutica com maior segurança e especificidade nos pacientes. Objetivos: avaliar a ocorrência e as características de alterações duodenais em pacientes com esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica; a frequência da DHP endoscópica e histológica; verificar a associação da DHP endoscópica com DHP histológica; presença de GHP; presença e grau das VE; presença de HDA; presença de circulação colateral; diâmetro longitudinal do baço e padrão ultrassonográfico da Fibrose Periportal (FPP). Métodos: avaliados 65 pacientes portadores de EM, estudo tipo série de casos. Preencheram critérios de inclusão 50 pacientes, com a forma hepatoesplênica, com ou sem história de HDA, exames realizados (parasitológico de fezes, marcadores virais para VHB e VHC, bioquímica, função e testes hepáticos, hemograma, ultrassonografia e endoscopia digestiva alta - EDA com biopsia de estômago e duodeno). Resultados: a média de idade de 50, 58 anos, sendo 29 (58%) do sexo feminino: apenas 8/50 (16%) tinham história de HDA. Lesões duodenais foram observadas à EDA em 47/50 (94%) dos pacientes, sendo, as mais frequentes, o eritema em 16/50 (32%), a congestão em 9/50 (18%) e associados (eritema e congestão) em 16/50 (32%). DHP à EDA foi observada em 56% (28/50) dos pacientes, 53,6% (15/28) com intensidade acentuada. DHP à histologia foi evidenciada em 62% (31) dos pacientes. Houve associação do diagnóstico endoscópico e histológico da DHP em 23/28 (82,1%) pacientes (p=0,001). Houve associação entre DHP endoscópica com diâmetro longitudinal do baço (P=0,045) e com padrão da FPP (p=0,038). Não houve associação entre DHP endoscópica com a GHP (p=0,569), com presença e grau das VE (p=0,444; p=0,350), nem com história de HDA (p=0,116). Conclusão: na EM forma hepatoesplênica, as lesões duodenais são bastante frequentes, sendo as mais encontradas o eritema, eritema e congestão, a erosão e a congestão. A DHP foi evidenciada à EDA em 56%, histologia em 62% dos casos. Houve concordância do diagnóstico endoscópico com histológico em 82,1%. Não houve significância estatística entre DHP endoscópica com GHP, VE e HDA. Houve significância entre o padrão da FPP com a presença de DHP à endoscopia e relação inversa entre o diâmetro longitudinal do baço e a presença de DHP à endoscopia.


Despite of the fact that Portal Hypertension (PH) in Mansoni Schistosomiasis can cause esophagogastric varices, gastropathy and colopathy, its duodenal repercussions, already evidenced in cirrhotic patients, have been little studied. The duodenal lesions seen in schistomiasis may be secondary to PH (Portal Hypertensive Duodenopathy -PHD) or parasitic aggression, duodenitis. It is particularly important to understand the cause of duodenal lesions in schistosomotic patients in order to approach their treatment with greater security and specificity. Aims: The present study has the following aims: to evaluate the occurrence of alterations and the type of duodenal lesions in patients suffering from the hepatosplenic form of mansoni schistosomiasis; to determine the frequency of PHD by histological and endoscopic means; and to associate the presence of PHD on endoscopy with the following: PHD on histology; the presence of portal hypertensive gastropathy (PHG); the presence and degree of esophageal varices, the presence of upper gastrointestinal bleeding; the longitudinal diameter of the spleen, and the pattern of periportal fibrosis. Patients and methods: Sixty- -five patients with mansoni schistomiasis were studied in a case series study. Fifty patients met the inclusion criteria; all of them had the hepatosplenic form, with or without a history of upper gastrointestinal bleeding, and underwent a series of investigations, namely parasitological feces examination, viral markers for HVB and HCV, ultrasound and endoscopy of the upper gastrointestinal tract with biopsy of the stomach and duodenum. Results: The mean age was 50.58 yr (range, 26-70 yr), 29 (58%) being females, and only eight of the 50 (16%) had a history of bleeding of the digestive tract. Duodenal lesions were observed on endoscopy of the upper gastrointestinal tract in 47 (94%) patients, the most frequent ones being erythema in 16 (32%), congestion in 9 (18%) and both erythema and congestion in 16 (32%). Portal hypertensive duodenopathy on endoscopy was observed in 28 (56%), and in 15 of these (53.6%) it was particularly intense. Portal hypertensive duodenopathy was evidenced on histology in 31 (62%) patients. In 23 of 28 (82.1%) patients the histological diagnosis of PHD was associated with the endoscopic diagnosis (p=0.001). Portal hypertensive duodenopathy was associated with the longitudinal diameter of the spleen (p=0.045) and with the pattern of the periportal fibrosis (p=0.038). There was no association between PHD on endoscopy with PHG (p=0.569), the presence and degree of esophageal varices (p=0.444; p=0.350) or a history of upper gastrointestinal bleeding (p=0.116). Conclusion: on the basis of the results of the present study, it is concluded that in the hepatosplenic form of mansoni schistosomiasis duodenal lesions are extremely frequent, the most common ones being erythema, erythema and congestion, erosion and congestion. Portal hypertensive duodenopathy was evidenced endoscopically in 56% and histologically in 62% of the cases, with an 82.1% agreement between the endoscopic and histological diagnoses. There was no statistically significant association between PHD on endoscopy and PHG, esophageal varices or upper gastrointestinal bleeding. There was a significant association between the pattern of periportal fibrosis in the presence of PHD on endoscopy and the inverse relationship between the longitudinal diameter of the spleen and the presence of PHD on endoscopy.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Esquistossomose mansoni , Hipertensão Portal , Duodenopatias
2.
Arq. gastroenterol ; 50(4): 304-309, Oct-Dec/2013. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-697580

RESUMO

Context Irritable bowel syndrome (IBS) is a functional bowel disease characterized by abdominal pain and altered intestinal habits. The pathophysiology of IBS remains unclear. Recent studies have demonstrated that some IBS patients, especially in diarrhea-predominant IBS (IBS-D), display persistent signs of minor mucosal inflammation and a modified intestinal microflora. The mesalazine has known intestinal anti-inflammatory properties. Saccharomyces boulardii is a probiotic used for a long time in treatment of diarrhea, including infectious diarrhea. Objective Evaluate the effects of mesalazine alone, combined therapy of mesalazine with liophylised Saccharomyces boulardii or alone on symptoms of IBS-D patients. Methods Based on Rome III criteria, 53 IBS-D patients (18 year or more) were included. To exclude organic diseases all patients underwent colonoscopy, stool culture, serum anti-endomisium antibody, lactose tolerance test and ova and parasite exam. Patients were divided in three groups: mesalazine group (MG) - 20 patients received mesalazine 800 mg t.i.d. for 30 days; mesalazine and Saccharomyces boulardii group (MSbG) - 21 patients received mesalazine 800 mg t.i.d. and Saccharomyces boulardii 200 mg t.i.d. for 30 days and; Saccharomyces boulardii group (SbG) – 12 patients received Sb 200 mg t.i.d. for 30 days. Drugs that might have any effect on intestinal motility or secretion were not allowed. Symptom evaluations at baseline and after treatment were performed by means of a 4-point likert scale including: stool frequency, stool form and consistency (Bristol scale), abdominal pain and distension. Paired t test and Kruskal-Wallis test were used for statistical analyses. Results Compared to baseline, there were statistically significant reduction of symptom score after 30 th day therapy in all three groups: MG (P<0.0001); MSbG (P<0.0001) and in SbG (P = 0.003). There were statistically significant differences in ...


Contexto A síndrome do intestino irritável (SII) é uma doença funcional do intestino, caracterizada por dor abdominal e alterações do hábito intestinal, cuja fisiopatologia permanece desconhecida. Estudos recentes sustentam a hipótese de que algumas formas de SII, especialmente a síndrome do intestino irritável tipo diarreia (SII-D), apresentam sinais de uma inflamação de baixo grau persistente da mucosa intestinal e alterações da microflora intestinal. A mesalazina é conhecida por suas propriedades anti-inflamatórias intestinais. O Saccharomyces boulardii é um probiótico largamente utilizado para o tratamento da diarreia relacionada à causa infecciosa. Objetivo Avaliar os efeitos da mesalazina, da terapia com mesalazina combinada ao Saccharomyces boulardii e do Saccharomyces boulardii, em pacientes com SII-D. Método Com base nos critérios de Roma III, 53 pacientes com SII-D (maiores de 18 anos) foram incluídos. Para excluir as doenças orgânicas, todos os pacientes realizaram colonoscopia, coprocultura, anticorpo anti-endomísio, teste de tolerância à lactose e exame parasitológico de fezes. Os pacientes foram divididos em três grupos: grupo mesalazina (GM) – 20 pacientes foram medicados com mesalazina via oral 800 mg t.i.d. por 30 dias; grupo mesalazina e Saccharomyces boulardii (GMSb) – 21 pacientes foram medicados com mesalazina 800mg t.i.d. e Saccharomyces boulardii 200 mg via oral t.i.d. por 30 dias; grupo Saccharomyces boulardii (GSb) – 12 pacientes foram medicados com Saccharomyces boulardii 200 mg t.i.d. por 30 dias. Não foram permitidas drogas concomitantes com algum efeito sobre secreção ou motilidade intestinal. Os sintomas foram avaliados no basal e após tratamento por meio da escala de Likert de 4 pontos que incluía: frequência ...


Assuntos
Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anti-Inflamatórios não Esteroides/administração & dosagem , Síndrome do Intestino Irritável/tratamento farmacológico , Mesalamina/administração & dosagem , Probióticos/administração & dosagem , Saccharomyces , Quimioterapia Combinada , Diarreia/tratamento farmacológico , Resultado do Tratamento
3.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 32(4): 103-110, out.-dez. 2013. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-761187

RESUMO

A hemorragia digestiva alta varicosa (HDAV) é a mais grave complicação da hipertensão portal, com alta taxa de ressangramento e mortalidade. Em Pernambuco, devido à endemicidade da esquistossomose mansônica, há uma elevada frequência deste tipo de sangramento. Objetivos: avaliar a doença hepática de base de pacientes portadores de varizes esofagogástricas (VVEEGG) com HDA, além do seguimento quanto à orientação após alta hospitalar da emergência, taxa de ressangramento e óbito em hospital de emergência. Pacientes e métodos: trata-se de um estudo descritivo, tipo série de casos, em pacientes com VVEEGG atendidos no setor de endoscopia digestiva do Hospital da Restauração em Recife, referência no estado em hemorragia digestiva, de outubro de 2008 a outubro de 2009. Foram coletados dados sobre antecedentes pessoais, aspectos demográficos e clínicos e realizado exame endoscópico para avaliação do sítio de sangramento e propedêutica para controle da hemorragia se necessário. Resultados: foram analisados 178 pacientes portadores de VVEEGG com HDA. A média de idade foi 53,9 anos, sendo 115 (64,6%) do sexo masculino. A faixa etária mais frequente foi de 50 a 59 anos (31,5%) e 67 (37,7%) eram naturais de Zona da Mata. Ao exame físico, 58 (32,6%) pacientes apresentavam ascite. Foi evidenciado que 177 pacientes tinham varizes esofágicas (VVEE) e 78 tinham varizes gástricas. Quanto aos exames solicitados para caracterizar a doença de base, evidenciou-se um valor médio de albumina de 2,8 g/dl, de bilirrubina total 2,2 mg/dl e de INR 1,4. A doença hepática crônica (DHC) foi definida pelo ultrassom (USG) em cirrose (38), esquistossomose (60) e doença mista (22). Após a alta hospitalar, 45/174 pacientes (25,9%) ficaram em uso de propranolol e 57/174 (32,8%) conseguiram acompanhamento em ambulatório especializado. Após 3 meses do episódio de HDA, foi constatado relato de ressangramento em 92/161 (57,1%) pacientes e óbito em 44/161 (27,3%). Houve relação de ressangramento com óbito (p<0,001), com presença de manchas vermelhas nas VVEE (p<0,001), diagnóstico de cirrose hepática e DHC mista pelo USG (p=0,023), presença de ascite (p=0,004) e a não utilização de propranolol (p=0,002). Observou-se a associação de óbito e faixa etária de 50 a 59 anos (p=0,016) e com aspecto hepático pelo USG (p=0,001), assim como da presença de fibrose periportal no USG com a naturalidade (p=0,031). Conclusão: neste estudo, observou-se predomínio de pacientes do sexo masculino e naturais da Zona da Mata. A maioria dos pacientes apresentava fibrose periportal ao USG, mostrando a endemicidade da esquistossomose no estado e houve uma elevada frequência de ressangramento e óbito.


Background: variceal upper gastrointestinal bleeding (VUGB) is the most serious complication of portal hypertension, with high rebleeding and mortality rates. In Pernambuco, where schistosomiasis mansoni is endemic, this type of bleeding occurs frequently. Aim: to evaluate the etiology of esophageal variceal bleeding, as well as the rebleeding and death rates. The study also followed up the patients after hospital discharge, rebleeding and death rates of the patients admitted in an Emergency Hospital. Patients and methods: this is a descriptive study about patients with gastric-esophageal varices and UGB assisted at the digestive endoscopy unit of Restauração hospital in Recife from October 2008 to October 2009. An application form was filled out with demographic data, personal history, clinical aspects and an endoscopy was performed to identify the area of the bleeding, as well as a propaedeutical endoscopy to control the bleeding, when necessary. Results: 178 patients with gastric esophageal varices and UGB were observed. The specific-age rate was 53.9 years old, with 115 (64.6%) males. The most frequent age group was from 50 to 59 years old (31.5%) and 67 (37.7%) were born from the Zona da Mata region. Physical examination revealed ascites in 58 (32.6%) patients. It was seen that 177 patients had esophageal and 78 gastric varices. The blood tests done after the endoscopy to identify the underlying disease showed approximately 2,8g/dl of albumin, total bilirrubin of 2.2mg/dl and INR 1.4. Hepatic chronic disease (HCD) was defined with an ultrasound in cirrhosis (38), schistosomiasis (60) and mixed disease (22). After hospital discharge, 45/174 patients (25.9%) were prescribed propranolol and 57/174 (32.8%) were granted ambulatory care. Three months after the UGB episode, 92/161 (57.1%) patients had rebleeding and 44/161 (27.3%) died. There was a connection between the rebleeding and the deaths (p<0.001), there was presence of red spots on the esophageal varices (p<0.001), diagnose of cirrhosis and mixed hepatic chronic disease by ultrasound (p=0.023), ascitis (p=0.004) and the absence of propranolol use (p=0.002). There was also a relation between death and age 50 to 59 years (p=0.016) and the hepatic aspect detected by ultrasound (p=0.001), as well the presence of periportal fibrosis in the USG with the birthplace (p=0.031). Conclusion: in this study, it was possible to observe that there were predominance of male and patients from the Zona da Mata region. Most of the patients presented periportal fibrosis in the ultrasound, reflecting the high endemicity of schistosomiasis in the state and elevated rebleeding and death rates were observed.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Esquistossomose mansoni , Hemorragia Gastrointestinal , Esquistossomose , Varizes Esofágicas e Gástricas , Epidemiologia , Serviço Hospitalar de Emergência , Hipertensão Portal
4.
GED gastroenterol. endosc. dig ; 32(3): 76-81, jul.-set. 2013. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-758305

RESUMO

A hemorragia digestiva alta (HDA) é uma importante emergência médica, com grande índice de morbidade e letalidade. A literatura sobre o tema evidencia as úlceras pépticas como as principais causas de sangramento, porém, em Pernambuco, devido à endemicidade da esquistossomose mansônica, há uma elevada frequência de hemorragia por ruptura de varizes esofágicas (VVEE). Há poucos relatos no estado sobre as características dos pacientes com HDA. Objetivos: descrever e analisar aspectos demográficos, antecedentes pessoais, dados clínicos e endoscópicos de pacientes com HDA para caracterizar as etiologias mais frequentes do sangramento digestivo. Pacientes e métodos: foi realizado estudo descritivo, tipo série de casos, de pacientes com HDA atendidos no Setor de Endoscopia Digestiva do Hospital da Restauração em Recife, referência no estado em hemorragia digestiva, no período de outubro de 2008 a outubro de 2009. Foram coletados dados sobre antecedentes pessoais, aspectos demográficos e clínicos, e realizado exame endoscópico para avaliação do sítio de sangramento e propedêutica para controle da hemorragia, se necessário. Resultados: foram analisados 385 pacientes com média de idade de 55,9 anos (11-96 anos), sendo 60,8% do sexo masculino. A maioria dos pacientes era natural (43,1%) e procedente (59,7%) da Região Metropolitana do Recife (RMR). O uso abusivo de álcool foi relatado por 38,7% dos pacientes, consumo de anti-inflamatórios (AINES) por 43,4%, história prévia de hemotransfusão por 47,3%, doença hepática crônica por 29,1%. A principal queixa clínica foi hematêmese em 50,4% dos casos, seguida pela associação de hematêmese e melena em 35,8%. A HDA foi classificada em não varicosa (41,3%) e varicosa (39,7%) e quanto à etiologia, secundária à VVEE em 38,1% dos casos, a úlcera péptica em 19,5% e não determinada em 19%. Observou-se relação entre o uso de AINES e o sangramento não varicoso (p<0,001). Conclusão: no presente estudo, observa-se que a maioria dos pacientes era do sexo masculino e procedente da RMR. Houve elevado consumo de AINES, principalmente nos pacientes com sangramento do tipo não varicoso. As causas de HDA não varicosa e varicosa apresentam uma frequência semelhante, mas quando se considera a etiologia isolada, nota-se o predomínio de sangramento por VVEE devido à endemicidade de esquistossomose mansônica em Pernambuco.


Background: upper gastrointestinal bleeding (UGB) is an important medical emergency, with a high rate of morbidity and mortality. In other localities, peptic ulcers are the main causes of UGB, but in Pernambuco, where schistosomiasis mansoni is endemic, bleedings due to the rupture of esophageal varices are very frequent. However, there is little data on the characteristics of the patients with this disease in the state. Aim: to describe and analyze demographical aspects, personal history, endoscopic and clinical data of patients with UGB to characterize the most common etiologies of digestive bleeding. Patients and methods: it is a descritive study about patients with UGB assisted at the endoscopic unit of Restauração Hospital in Recife, which is reference in gastrointestinal bleeding in the state. The patients involved in the study filled out an application form regarding demographic features, personal history, clinical aspects and an endoscopy was performed to identify the area of the bleeding, as well as a propaedeutical endoscopy to control the bleeding, when necessary. Results: 385 patients were analyzed with specific-age rate of 55.9 years old (from 11 to 96 years old) and 60.8% of them were male. Most patients were born (43.1%) and lived (59.7%) in the metropolitan region of Recife. Alcohol abuse was detected in 38.7% of the patients, intake of NSAIDs (Non-steroidal anti-inflammatory drugs) in 43.4%, previous history of blood transfusion by 47.3% and hepatic chronic disease by 29.1%. The main clinical complaint was hematemesis in 50.4% of the cases followed by the association of hematemesis and melena in 35.8%. UGB was classified in nonvariceal (41.3%) and variceal (39.7%) bleeding, considering etiology causes, 38.1% of patients had esophageal varices, 19.5% peptic ulcer and 19% undetermined causes. A relation between use of NSAIDs and non-variceal bleeding was observed (p<0.001). Conclusion: at the current study, most of the patients were male and from the metropolitan region of Recife. There were high intake of anti-inflammatory drugs, specially in patients with nonvariceal bleeding. The causes of variceal and non-variceal UGB comprise a similar frequency, but when the single etiology is considered, there is a superiority bleedings due to esophageal varices, due triggered by the presence of schistosomiasis mansonin in an endemic level in Pernambuco.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Hemorragia Gastrointestinal/etiologia , Úlcera Péptica , Esquistossomose mansoni , Anti-Inflamatórios não Esteroides , Hemorragia Gastrointestinal
5.
J. bras. med ; 101(1): 31-38, jan.-fev. 2013. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-688977

RESUMO

O Helicobacter pylori é considerado a infecção mais prevalente no mundo. Sua prevalência é superior a 80% em países em desenvolvimento, com uma parcela de infectados desenvolvendo sintomas e doença, algumas delas com correlação etiopatogênica e resposta terapêutica bem definidas na literatura; outras apresentam estudos com resultados conflitantes, não havendo indicação de tratamento. Apesar de os esquemas de erradicação inicialmente apresentarem índices de sucesso superiores a 90%, falha terapêutica de até 50% tem sido relatada em algumas regiões, decorrente principalmente da resistência aos antibióticos. O desafio atual é identificar os esquemas terapêuticos mais efetivos.


Helicobacter pylori is considered the most prevalent infection worldwide, with its prevalence above 80% in developing countries, having a portion of the infected people developing symptoms and disease, some of them with etiopathogenic correlation and well defined therapeutic response in the literature and other present studies with conflicting results having no indication for treatment. Despite the scheme of eradication initially present successful index rates greater than 90%, therapeutic failure of up to 50% has been reported in some regions, arising mainly to antibiotic resistance. The current challenge is to identify the most effective scheme treatments.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Farmacorresistência Bacteriana , Helicobacter pylori , Infecções por Helicobacter/tratamento farmacológico , Antibacterianos/farmacologia , Ensaios Clínicos como Assunto , Claritromicina/uso terapêutico , Quimioterapia Combinada , Furazolidona/uso terapêutico , Testes de Sensibilidade Microbiana , Metronidazol/uso terapêutico , Retratamento , Falha de Tratamento
6.
Arq. gastroenterol ; 48(1): 36-40, Jan.-Mar. 2011. graf, tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: lil-583756

RESUMO

CONTEXT: Recent studies support the hypothesis that postinfectious irritable bowel syndrome and some irritable bowel syndrome patients display persistent signs of minor mucosal inflammation. Mesalazine has intestinal anti-inflammatory properties including cyclooxygenase and prostaglandin inhibition. The effects of mesalazine on postinfectious irritable bowel syndrome and noninfective irritable bowel syndrome patients are still unknown. OBJECTIVE: To observe the effects of mesalazine on postinfectious irritable bowel syndrome and noninfective irritable bowel syndrome with diarrhea patients. METHODS: Based on Rome III criteria, 61 irritable bowel syndrome with diarrhea patients (18 years old or more) were included in the evaluation. Patients were divided into two groups: postinfectious irritable bowel syndrome group, with 18 patients medicated with mesalazine 800 mg 3 times a day for 30 days; noninfective irritable bowel syndrome group, with 43 patients medicated with mesalazine 800 mg 3 times a day for 30 days. Symptom evaluations at baseline and after treatment were performed by means of a four-point Likert scale including stool frequency, stool form and consistency (Bristol Stool Scale), abdominal pain and distension (maximum score: 16; minimum score: 4). RESULTS: Postinfectious irritable bowel syndrome group presented a statistically significant reduction of the total symptom score (P<0.0001). The stool frequency was significantly reduced (P<0.0001), and stool consistency, improved (P<0.0001). Abdominal pain (P<0.0001) and abdominal distension were significantly reduced (P<0.0001). Noninfective irritable bowel syndrome group presented a statistically significant reduction of total symptom score (P<0.0001). Also, the stool frequency was significantly reduced (P<0.0001) and stool consistency, improved (P<0.0001). Abdominal pain (P<0.0001) and abdominal distention were significantly reduced (P<0.0001). There was no statistical difference between postinfectious irritable bowel syndrome group and noninfective irritable bowel syndrome group on total symptom score results at 30th day of therapy with mesalazine 800 mg 3 times a day. (P = 0.13). CONCLUSION: Mesalazine reduced key symptoms of postinfectious irritable bowel syndrome and noninfective irritable bowel syndrome with diarrhea patients.


CONTEXTO: Estudos recentes sustentam a hipótese que a síndrome do intestino irritável pós-infecciosa e alguns pacientes com síndrome do intestino irritável mostram sinais menores de inflamação persistente da mucosa. A mesalazina tem propriedades anti-inflamatórias intestinais, incluindo a inibição da ciclooxigenase e das prostaglandinas. Os efeitos da mesalazina na síndrome do intestino irritável pós-infecciosa e em pacientes com síndrome do intestino irritável não-infecciosa ainda são desconhecidos. OBJETIVO- Observar os efeitos da mesalazina em pacientes com síndrome do intestino irritável pós-infecciosa e síndrome do intestino irritável com diarréia não-infecciosa. MÉTODOS: Com base nos critérios de Roma III, 61 pacientes síndrome do intestino irritável acompanhado de diarréia (18 anos ou mais de idade) foram incluídos na avaliação. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo síndrome do intestino irritável pós-infecciosa, com 18 pacientes medicados com mesalazina 800 mg 3 vezes ao dia por 30 dias; grupo síndrome do intestino irritável não-infecciosa, com 43 pacientes medicados com mesalazina 800 mg 3 vezes ao dia por 30 dias. Avaliações dos sintomas no início e após o tratamento foram realizadas por meio de uma escala Likert de 4 pontos, incluindo a frequência das evacuações, forma e consistência das fezes (Bristol Stool Scale), dor e distensão abdominal (pontuação máxima: 16; pontuação mínima: 4). RESULTADOS: O grupo síndrome do intestino irritável pós-infecciosa apresentou redução estatisticamente significante do escore total de sintomas (P<0,0001). A frequência de evacuações foi significativamente reduzida (P<0,0001) e a consistência das fezes melhoraram (P<0,0001). Dor abdominal (P<0,0001) e distensão abdominal foram significativamente reduzidas (P<0,0001). O grupo síndrome do intestino irritável não-infecciosa apresentou redução estatisticamente significante do escore total de sintomas (P<0,0001). Além disso, a frequência de fezes foi significativamente reduzida (P<0,0001) e a consistência das fezes melhoraram (P<0,0001). Dor abdominal (P<0,0001) e distensão abdominal foram significativamente reduzidas (P<0,0001). Não houve diferença estatística entre o grupo síndrome do intestino irritável pós-infecciosa e o grupo síndrome do intestino irritável não-infecciosa sobre os resultados da pontuação total dos sintomas em 30 dias de terapia com mesalazina 800 mg 3 vezes ao dia (P= 0,13). CONCLUSÃO: O uso de mesalazina reduziu os principais sintomas da síndrome do intestino irritável pós-infecciosa e da síndrome do intestino irritável com diarréia não-infecciosa.


Assuntos
Adolescente , Adulto , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anti-Inflamatórios não Esteroides/uso terapêutico , Anti-Inflamatórios/uso terapêutico , Fármacos Gastrointestinais/uso terapêutico , Síndrome do Intestino Irritável/tratamento farmacológico , Mesalamina/uso terapêutico , Colonoscopia , Diarreia/tratamento farmacológico , Síndrome do Intestino Irritável/diagnóstico , Síndrome do Intestino Irritável/etiologia , Resultado do Tratamento
7.
J. bras. pneumol ; 30(3): 229-236, maio-jun. 2004. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-392962

RESUMO

INTRODUÇAO: A pneumonia é uma doença comum, com alta mortalidade, e é a sexta causa de morte nos EUA e a quinta no Brasil, na população idosa. O tratamento inicial das pneumonias é empírico, porque o agente etiológico é identificado, aproximadamente, em apenas 50 por cento dos casos. Assim, várias sociedades científicas definiram guias para orientar a terapêutica antimicrobiana inicial. OBJETIVO: Avaliar a aderência ao Consenso Brasileiro sobre Pneumonias para o tratamento de pneumonias adquiridas na comunidade por pacientes idosos. MÉTODO: Foram avaliados os pacientes com 60 anos ou mais, internados em um hospital universitário por pneumonia adquirida na comunidade, segundo a mortalidade em 30 dias, tempo médio para estabilização clínica, tempo médio de internação, custo do tratamento e índice de severidade em pneumonias, no período de 02/08/1999 a 02/08/2000. RESULTADOS: Foram estudados 54 pacientes e a idade média foi de 74,1 anos. O esquema antimicrobiano recomendado pelo consenso foi utilizado em 61,1 por cento dos pacientes. Não houve diferenças em relação ao tempo de internação, custo do tratamento, tempo para estabilização clínica e índice de gravidade em pneumonia entre os dois grupos, mas houve em relação à mortalidade. Os pacientes tratados de acordo com o consenso e com ídice de gravidade em pneumonia mais alto (IV e V) apresentaram maior mortalidade que o grupo não tratado de acordo com o consenso (p = 0,04). Os pacientes com índice de gravidade em pneumonia classes II e III apresentaram mortalidade de 9,5 por cento enquanto nas classes IV e V a mortalidade foi de 30,3 por cento. CONCLUSAO: A aderência ao Consenso Brasileiro sobre Pneumonias, para pacientes idosos hospitalizados, foi boa e não houve diferença nos resultados entre os pacientes tratados e os não tratados de acordo com o consenso. O índice de gravidade em pneumonias demonstrou associação positiva com a mortalidade.


Assuntos
Humanos , Idoso , Pessoa de Meia-Idade , Saúde do Idoso , Infecções Comunitárias Adquiridas/tratamento farmacológico , Pneumonia Bacteriana , Brasil , Protocolos Clínicos , Custos de Cuidados de Saúde , Índice de Gravidade de Doença , Fatores de Tempo
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